O Pico do Inverno

Numa altura em que a BALA PERDIDA atravessa uma fase crucial que é a definição de um caminho para avançar, eu e os restantes membros temos tido uma vida louca de reuniões atrás de reuniões.

O futuro mostra-se sombrio e o nevoeiro é denso. Sem grandes ambições aquando da sua criação, esta (outrora) modesta produtora, procura agora um lugar que trabalha (quase) diáriamente pra o conseguir. Apesar da nossa formação de arquitectos a paixão pelo vídeo e pelo mundo fantástico do cinema é, muitas vezes, mais forte. Tão forte que nos faz sonhar que um dia até podíamos viver de facto apenas disto. E isso move-nos cada vez mais na direcção de tentar encontrar um trilho que nos permita pegar nas catanas e desbastar caminho nessa selva que é - uma coisa que nem existe em Portugal - a indústria cinematográfica.

Como esse objectivo é utópico demais para este pequeno país de que (in)felizmente (?) temos o prazer de ser naturais, provavelmente teremos que procurar o sustento de outra forma. E até porque nós somos uns rapazolas polivalentes - sabemos fazer mais coisas além de desenhar casas e pegar numa máquina de filmar e carregar no "rec". Também sabemos fazer uns cartazes, umas páginas web, uns modelos 3d (não, não és só tú que sabes ó cigano - Tino), e até há daqueles que tocam instrumentos musicais. Ah! E parece que anda aí um ou outro que consegue levantar uns pesos. Ou seja, em último recurso até podíamos muito bem investir no rózé, montar-lhe um ginasiozinho na garagem, pô-lo a malhar ferro, tornar-mo-nos manager dele, e quem sabe, fazer dele o campeão olímpico de halterofilismo.

Portanto apesar do futuro estar tão sombrio que quase nem consigo ver o que estou a escrever no monitor, a perspectiva de sucesso é sempre uma coisa agradável de se imaginar. Ainda que esteja tão longe como o Romero está da perfeição.

Caros companheiros e companheiras de Blog,

Até breve!

p.s. - vá-lá rózé, não aguentas um picozito?