Tiro ao Lado
[Ou porque é que o Babel não vai ganhar o Óscar de melhor filme]
O Babel é um excelente exercício mas é um mau filme. E o problema resume-se numa frase. Não há unidade no filme. Pelo menos aparente. O diagnóstico: é um filme que se reparte em três histórias unidas por laços afectivos e circunstâncias temporais. São três histórias que se vão tocando ao longo do filme – Japão, Estados Unidos/México e Marrocos. Basicamente o Iñarritu apresenta-nos 3 ambientes culturais bastante diferentes, e dentro de cada um deles explora o choque cultural inerente quando duas delas se encontram. O problema é que há uma das histórias que é muito marginalizada em relação às outras e o elo que a liga às outras duas é demasiado frágil o que faz com que o filme não tenha um valor unitário, mas sim fragmentado. Tanto a fotografia como o elenco, assim como a intriga das histórias são boas. Muito boas. Mas o terço da história que se passa no Japão, é demasiado desligado das outras 2, ligando-se apenas por um acontecimento que está a um centímetro de ser ridículo, e a verdadeira ligação, se bem procurada e rebuscada seria essa afinidade de valores maiores que é, supostamente, transversal a qualquer cultura.
Babel para mim seria genial se, a história do Japão fosse um curta-metragem que antecedesse o filme que por sua vez seria uma alternância entre as duas outras histórias. Assim o Iñarritu ganharia um lugar perto dos Grandes Mestres e, já agora levaria a estatueta para o México. Assim, parece que quem vai levar a estatueta de melhor realizador vai ser o Scorcese e o de melhor filme vai ou para o Departed ou para o Letters From Iwo Jima – que curiosamente também se passa no Japão. Da prómixa vez pedes conselho ao Clint Eastwood, ‘tás a ouvir ó Iñarritu?
O Babel é um excelente exercício mas é um mau filme. E o problema resume-se numa frase. Não há unidade no filme. Pelo menos aparente. O diagnóstico: é um filme que se reparte em três histórias unidas por laços afectivos e circunstâncias temporais. São três histórias que se vão tocando ao longo do filme – Japão, Estados Unidos/México e Marrocos. Basicamente o Iñarritu apresenta-nos 3 ambientes culturais bastante diferentes, e dentro de cada um deles explora o choque cultural inerente quando duas delas se encontram. O problema é que há uma das histórias que é muito marginalizada em relação às outras e o elo que a liga às outras duas é demasiado frágil o que faz com que o filme não tenha um valor unitário, mas sim fragmentado. Tanto a fotografia como o elenco, assim como a intriga das histórias são boas. Muito boas. Mas o terço da história que se passa no Japão, é demasiado desligado das outras 2, ligando-se apenas por um acontecimento que está a um centímetro de ser ridículo, e a verdadeira ligação, se bem procurada e rebuscada seria essa afinidade de valores maiores que é, supostamente, transversal a qualquer cultura.
Babel para mim seria genial se, a história do Japão fosse um curta-metragem que antecedesse o filme que por sua vez seria uma alternância entre as duas outras histórias. Assim o Iñarritu ganharia um lugar perto dos Grandes Mestres e, já agora levaria a estatueta para o México. Assim, parece que quem vai levar a estatueta de melhor realizador vai ser o Scorcese e o de melhor filme vai ou para o Departed ou para o Letters From Iwo Jima – que curiosamente também se passa no Japão. Da prómixa vez pedes conselho ao Clint Eastwood, ‘tás a ouvir ó Iñarritu?
Etiquetas: opiniao
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