A Lynch
Se se pudesse abrir a sua cabeça e contemplar, ainda que por uma única vez, o que existe no seu interior, ficaríamos petrificados com a quantidade de demónios íntimos que habitam aquele crânio, contentor de um cérebro meticulosamente concebido para contar estórias. E das boas. O simbolismo avassalador, que é a essência do seu objecto cinematográfico, ganha uma dimensão tão profunda quanto a horrível capacidade individual de construir o cenário mais negro. E levamo-lo para casa. Tenta-se abandonar a ideia de que o cenário não era tão negro como se havia imaginado. Em vão. Era ainda pior. O terror é eminente quando se visualiza um filme do Lynch. Não na tela, claro, mas na mente daquele que observa. E ele vai soltando-os, um a um, criteriosamente escolhidos, os demónios que outrora habitaram a sua cabeça, e hoje habitam, inevitavelmente, a nossa.
6 Comments:
A do Lynch nunca abli, mas minha já abli uma sélie de vezes, na sua maiolia contla mulos de betão!
Continuo no Japão...
esta vagabundagem verbal faz-me recordar um texto que certa vez li no suplemento dedicado às artes de um pasquim diário de relevância um pouco mais evidente que este.
humm... no mínimo, estranho...
humm... terá sido um dos demónios...
xau lin (para o pessoal fixe no Japão)!
É verdade, sim senhora. Não querendo parecer falsamente modesto, guardei para mim essa feliz coincidência. Juanito tem (que se saiba) um texto publicado no dito pasquim. Modéstias à parte, tive que rever o texto, que estava ligeiramente diferente. O poema dedicado a Lynch saiu há coisa de 2 meses (ainda o Rozé estava em território nacional, o Távora vivo, e as torres em pé). Ou não.
Pessoal, fui vel o Hally Pottel ao cinema aqui no Japao, legendado em Japones e falado no ingles nativo! Foi fixe, mas e calo pala calaças!
O bligado pelo cumplimento senhol maulicio! Um glande Xau lin pala si ai na patilha!
terei descoberto o que o rozé anda afinal a fazer durante estes dias lá pelos japas:
http://www.youtube.com/watch?v=hq_tPCUx9ds
Enviar um comentário
<< Home