bala perdida: A Lynch

quarta-feira, julho 18, 2007

A Lynch



Se se pudesse abrir a sua cabeça e contemplar, ainda que por uma única vez, o que existe no seu interior, ficaríamos petrificados com a quantidade de demónios íntimos que habitam aquele crânio, contentor de um cérebro meticulosamente concebido para contar estórias. E das boas. O simbolismo avassalador, que é a essência do seu objecto cinematográfico, ganha uma dimensão tão profunda quanto a horrível capacidade individual de construir o cenário mais negro. E levamo-lo para casa. Tenta-se abandonar a ideia de que o cenário não era tão negro como se havia imaginado. Em vão. Era ainda pior. O terror é eminente quando se visualiza um filme do Lynch. Não na tela, claro, mas na mente daquele que observa. E ele vai soltando-os, um a um, criteriosamente escolhidos, os demónios que outrora habitaram a sua cabeça, e hoje habitam, inevitavelmente, a nossa.

6 Comments:

Blogger Kowbunga said...

A do Lynch nunca abli, mas minha já abli uma sélie de vezes, na sua maiolia contla mulos de betão!
Continuo no Japão...

quinta-feira, 19 de julho de 2007 às 02:42:00 WEST  
Blogger El Mariachi said...

esta vagabundagem verbal faz-me recordar um texto que certa vez li no suplemento dedicado às artes de um pasquim diário de relevância um pouco mais evidente que este.

humm... no mínimo, estranho...

quinta-feira, 19 de julho de 2007 às 12:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

humm... terá sido um dos demónios...

xau lin (para o pessoal fixe no Japão)!

sexta-feira, 20 de julho de 2007 às 08:46:00 WEST  
Blogger juanito said...

É verdade, sim senhora. Não querendo parecer falsamente modesto, guardei para mim essa feliz coincidência. Juanito tem (que se saiba) um texto publicado no dito pasquim. Modéstias à parte, tive que rever o texto, que estava ligeiramente diferente. O poema dedicado a Lynch saiu há coisa de 2 meses (ainda o Rozé estava em território nacional, o Távora vivo, e as torres em pé). Ou não.

sexta-feira, 20 de julho de 2007 às 21:01:00 WEST  
Blogger Kowbunga said...

Pessoal, fui vel o Hally Pottel ao cinema aqui no Japao, legendado em Japones e falado no ingles nativo! Foi fixe, mas e calo pala calaças!
O bligado pelo cumplimento senhol maulicio! Um glande Xau lin pala si ai na patilha!

terça-feira, 24 de julho de 2007 às 03:03:00 WEST  
Blogger El Mariachi said...

terei descoberto o que o rozé anda afinal a fazer durante estes dias lá pelos japas:

http://www.youtube.com/watch?v=hq_tPCUx9ds

terça-feira, 24 de julho de 2007 às 13:54:00 WEST  

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