bala perdida: The Dark Knight

domingo, julho 27, 2008

The Dark Knight


Batman regressa para tratar da saúde aos vilões de Gotham.

Depois de um bem-aventurado início de ano com a Marvel a produzir 2 excelentes filmes de super-heróis – The Incredible Hulk, e Iron Man – a fasquia estava bastante elevada para este The Dark Knight. Christopher Nolan havia, em Batman Begins, insuflado uma nova alma a Batman fazendo inclusivé olvidar-nos que tinha sido Tim Burton o primeiro a enveredar por aventuras em Gotham City. À imagem de Burton, Nolan regressaria para realizar um segundo volume da série. Ao contrário de Burton, Nolan rebentaria a escala das expectativas de Batman – fazendo, por um lado inevitável que realize mais um e, por outro, que seja demasiado longa a espera pelo próximo.
Na internet já se fala na terceira aventura de Batman pela mão de Nolan mas, devido à trágica morte de Heath Ledger há, desde logo, um elemento que carece definição: haverá alguém que esteja à altura de se transfigurar num novo Joker? (depois das performances de Jack Nicholson e Ledger).

The Dark Knight reúne um leque brutal de actores que é encabeçado por Christian Bale (finalmente confirmado que irá fazer de John Conner no 4º volume da saga do Exterminador), e Heath Ledger, passando por Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Michael Caine, Morgan Freeman e Cillian Murphy (os últimos 4 e Bale já haviam aparecido em Batman Begins). Dizer que o filme é, também ele, brutal, é redutor. Chicago foi usada como cenário urbano para ilustrar Gotham City – Nolan, ao que parece não estava para brincadeiras e filmou algumas sequências exteriores em IMAX – o que resultou numa aparência não tão sombria (negra) como a Gotham de Burton (e sem as máquinas de fumo) mas obviamente mais verosímil. A acção é, à falta de melhor adjectivo, excepcionalmente fabulosa e o filme beneficia de um ritmo alucinante de acontecimentos que se intercalam de uma forma soberba “It's all part of the plan” já se ouvia no trailer. E depois há o brilhantismo assustador de Ledger enquanto Joker que, de uma forma incrível, luta com o próprio Batman pelo protagonismo do filme.

Um filme de acção brilhante que será elevado rapidamente a um estatuto de culto, devido não só ao seu valor enquanto objecto mas também por ter sido o último onde habitou Ledger.

Ledger, o Joker que merecia ter um filme só dele.

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4 Comments:

Blogger a.k.a. J-woofer said...

O filme é de extremo requinte contemplativo e introspectivo durante toda a prestação de Heath Ledger, apenas corrompido por um gajo vestido de morcego, ahahah!

Agora a sério, apesar de saber que tais aparições do Batman eram inevitáveis, durante várias vezes esquecia-me que estava num filme de "super-heróis", e era , por sua vez , envolvido num intenso thriller psicológico liderado pelo personagem The Joker... E isso, isso foi bem fixe...

Àparte dos momentos poéticos comuns (e gratuitos)de super-herói, do género ver o Batman numa posição fotogénica, com um background sombrio, no entanto inspirador, ou então, os segundos finais do filme (agora aparecia aquela indicação à IMDb: "Attention! May contain spoilers!"), a arte de Christopher Nolan prevalece - ou não fosse ele o autor de um dos meus filmes favoritos de sempre: "Memento".

segunda-feira, 28 de julho de 2008 às 00:10:00 WEST  
Blogger juanito said...

A meu ver, esta aventura de Nolan pode ser (e com este fabuloso tomo nº2, é concerteza) a derradeira catapulta para que Nolan faça os filmes todos que bem entender durante a próxima década. Por outro, podemos nós (os puristas) reclamar Nolan para uma presença mais profunda numa área mais indie do cinema americano. É esta dualidade ética que fomenta por estes dias o debate em torno do sucesso (ou não) de Nolan ao fazer estes 2 (excelentes) blockbusters.

segunda-feira, 28 de julho de 2008 às 22:47:00 WEST  
Blogger juanito said...

E essa tão inesperada surpresa, dj Jwoofer? (ao ler, ligar e prolongar os dois "jotas").

quinta-feira, 31 de julho de 2008 às 12:10:00 WEST  
Blogger El Mariachi said...

O histerismo todo à volta desta última visita do morcego abriu-me um bocado o apetite, por isso, mais dia, menos dia, tenho que fazer uns quilómetros até à meca do consumo mais próxima para lhe pôr devidamente as vistas em cima. E aproveito para comprar peúgas brancas na sport zone.

quinta-feira, 31 de julho de 2008 às 20:31:00 WEST  

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