Bombas Tiros e Facadas
Como o COBRA tem dominado o Blog nos últimos tempos, decidi fazer um apanhado dos grandes filmes de acção, oriundos lá das Américas, que marcaram o meu crescimento transformando-me naquilo que sou hoje (mas aviso desde já que por baixo desta pele não vão encontrar circuitos electrónicos nem ponta de metal ou ligas de carbono - isto aqui é tudo ossinho verdadeiro). Se é que perceberam a piadinha anterior, começo já pelo Schwarzenegger e pelo seu desempenho magnífico naquele que é o rei dos filmes de acção produzidos nos anos 80 (e 90, o segundo). O Exterminador veio e fez com que os putos se começassem a perguntar se os próprios pais eram ou não feitos de carne e osso. Alguns ficaram agressivos e começaram às facadinhas às pernas da mamã e do papã (para ver se sangrava, porque a pele dos primeiros t700 não tinham ainda sangue o que tornou as facadinhas inofensivas num bom teste). Depois no Terminator 2 o t1000 tinha a capacidade incrível de se transformar em “qualquer objecto ou pessoa, desde que não tivesse componentes mecânicos complicados” (tipo uma arma).
Apesar do Terminator 1 ter sido um filme estupidamente barato (ninguém queria dar dinheiro ao James Cameron para fazer o filme), o gajo conseguiu produzir e realizar um objecto de culto cuja premissa é genial: é enviado um exterminador ao passado para matar a mãe, Sarah Connor, do líder da resistência humana, o John Connor (num futuro supostamente apocalíptico em que a máquina inteligente domina o mundo), e juntamente com este é enviado igualmente um humano (Kyle) para proteger a mãe do John. O argumento revela-se genial quando o Kyle começa a bater o couro à Sarah, tem relações sexuais com ela num motel (onde também fez bombas caseiras à base de glicerina) e, que mais tarde, se veio a descobrir que houve fecundação do óvulo dando origem a um bebé chamado John Connor. O filme depressa saltou de “série B” para “estou a ganhar lingotes de ouro aos pontapés à conta disto e daquele tipo austríaco que acho que dizia umas coisas em inglês no filme”. O rio de dinheiro que o Cameron ganhou à custa da musculatura do Arnaldo, permitiu-lhe 8 anos depois (em 1992, o primeiro data de 1984) fazer a sequela, que não desiludiu em nada os fãs do 1º. E com a ajuda da ILM (industrial light and magic, lembram-se? a do George Lucas) mostrou ao mundo as maravilhas virtuais que um computador podia ajudar a fazer. Lembram-se do t1000 a sair do camião em chamas, e depois a transformar-se na personagem polícia? Ou quando o gajo parte o vidro do helicóptero com a testa e se derrete lá para dentro, materializando-se novamente na personagem polícia? Pois, isso parece muito simples hoje (14 anos depois) mas na altura, fazer uma simples bola em 3d era mais difícil do que convencer o Maradonna a largar a coca, agora imaginem fazer um gajo a andar.
Depois fizeram a melhor trilogia de sempre cujo nome, traduzido à letra, se chamaria em português “Morrer Duro”. O Bruce Willis interpreta a personagem feita à sua medida, John McClane o polícia nova-iorquino que (no primeiro filme) viaja até Los Angeles e salva uma série de reféns de serem mortos da Nakatomi Tower, devido à sua inteligência e habilidade de lidar com armas de fogo. No segundo salva reféns de um avião (incluindo a sua mulher Holly, que por azar também tinha estado no primeiro sequestro). No terceiro a gaja que fez de Holly, deve-se ter recusado a entrar no filme e o John McTiernan (o realizador, não confundir com o McClane, a personagem do Brucinho) foi buscar o Samuel L. Jackson e o Jeremy Irons para compensar a perda. Qualquer um dos filmes é brutal mas como vi o Hard With a Vengeance (o terceiro) mais de 30 vezes com o meu irmão, acho que posso afirmar que é este o meu preferido. Não vou negar, porém, que no Assalto ao Aeroporto (Die Hard 2), quando o McClane finalmente resgata a mulher do avião e se põe aos berros a chamar a Holly, que não largo uma lagrimazinha e até finjo que vou à cozinha buscar uma fatia de bolo feito pela minha avô, mas vou é buscar um lenço para me assoar.
Havia mais filmes porreiros dessa altura, tipo o Top Gun, os restantes filmes do Schwarznegger (incluindo o Predator e o Commando) o Speed, o Rocky (que ganhou o óscar de melhor filme e valeu ao Sylvester Stallone a nomeação para melhor actor e para o melhor argumento original, acreditem ou não), o Rambo (que também era genial mas do ponto de vista da estupidez) e os outros todos que agora não me apetece discriminar (ok, não me lembro, mas também já foi à bastante tempo). Agora tenho que ir ver o COBRA e tentar recuperar a infância que não tive porque não vi o filme na devida altura.
Etiquetas: opiniao, tiros nos filmes
7 Comments:
essas películas de acção não me dizem nada a mim,um rapaz que quando nasceu, a primeira palavra que disse foi "jean-luc godard", aos 5 anos já discorria sobre ozu e mizoguchi e aos 12 pegava no negativo original do intolerance do griffith para remontar o filme numa versão definitiva de 7 horas mais 15 minutos de publicidade.
vou mas é aproveitar o tempo para me sentar a traduzir a ílíada para esperanto.
aye... sheronda!!!!
Concordo com o mariachi...não é esse o meu mundo.
Para mim filmes de acção têm de ser algo como o grande «Debbie Does Dallas» ou o clássico «Flesh Gordon», já para não falar de exitos como «World's Biggest Gang Bang» ou o velhinho «Deep Throat».
Foi com eles que cresci e me tornei homem e não com essas coboiadas...
e o "Arma-get-it-on", não é aquele do Michael Bay, mas podia perfeitamente ter sido realizado pelo Sá Leão, esse incompreendido Russ Meyer português.
Volta rózé!
Volta rózé!
Volta rózé!
volta rozé, és cool.
ok... cool não sei, mas pelo menos és mais fixe que o badaró.
já disse que o banner tá do melhor!
ao nível do que se faz lá fora!
bué da nice!indeed!
Volta rózé, por favor. Os teus comentáriozinhos nices e os teus postzinhos também nices fazem falta a este blogzinho também ele nice. Please come back. E o banner também é nice, a sério. Pergunta a quem quiseres.
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