Carros
Bendita a hora em que foi descoberto que um fio de níquel é condutor de energia, a partir daí houve uns tipos que aproveitaram tomadas, pegaram na micro-electrónica e começaram a bombardear o mercado com pc´s, que há 25 anos atrás não serviam para nada senão para mostrar aos amigos que se tinha poder de compra, até que apareceu um tipo com 20 anos que "já na alura era contra a pirataria" e pôs-se a escrever programinhas que depois veio dar origem ao ms-dos, e o posterior windows. Isso possibilitou que ambientes virtuais começassem a ser criados inteiramente no computador inclusivé começaram aí a aparecer umas doenças estranhas que fez com que a malta começasse a duvidar se o mundo é mesmo real, ou se é virtual, há 20 anos era o Tron, hoje o Matrix, e depois houve um visionário de seu nome Luquinhas (George Lucas para os insipientes) que fundou a ILM para criar os efeitos especiais para o primeiro, quarto, tomo da saga Star Wars, na altura recorrendo a tudo, incluíndo pasta de dentes, menos a computadores, mas que em 1979 decidiu abrir uma repartição para se dedicar ao estudo das potencialidades da informática para o desenvolvimento do cinema. Em 1986 vendeu o gabinete de informática, que depois veio a dar origem à Pixar.
O Toy Story continua a ser para mim o melhor filme que a Pixar já extrudiu daquela maquinaria cara como a nossa aqui na Bala Perdida, ou se calhar chega mesmo a ultrpassar a nossa, se bem que o Finding Nemo também tinha o seu encanto, tirando a parte inicial do filme em que a mãe do peixe morre, uma cena lamentávelmente trágica que deve ter deixado muito puto a chorar no cinema e a querer ir embora para olhar para os peixes que têm no aquário, que pelo menos estão calados e se morrem uns, não choram os outros, até que a Pixar arranja uns clones do Tino e começa a extrudir Carros a torto e a direito. Carros é realmente um filme à altura do Toy Story, o único senão e é aqui precisamente que perde para o segundo, é o facto de na versão portuguesa o Miguel Ângelo, o golfinho, não fazer a voz do personagem principal, no caso o Faísca McQueen. É pena. O filme é simplesmente genial. A caracterização/humanização que incutem ao que seriam à partida meros carros é completamente incrível, logo no 5º segundo do filme, as personagens deixam de ser carros, para passarem a ser humanas na maneira como agem, como se exprimem e como se relacionam. O trabalho que a Pixar investiu no desenvolvimento da animação/caracterização de cada carro/personagem é único, o que faz com que o filme ganhe uma dimensão dupla muito interessante, criando um ambiente relaxado que facilita e potencia os momentos de humor que acontecem ao longo de todo filme. A genialidade, porém, não se esgota por aqui, há que mencionar as referências a tudo o que se relaciona com cultura rodoviária, quase sempre americana, as corridas de Nascar, a Route 66, os muscle cars, e o próprio nome da personagem principal Lightning McQueen, Faísca McQueen em português, Relâmpago McQueen em braslieiro, parece uma alusão clara ao Steve McQueen, apaixonado por máquinas, se bem que a Pixar afirma que é uma homenagem a Glenn McQueen animador da Pixar que morreu em 2002. Depois há aquele factor que normalmente existe nos filmes da Disney, que quer se goste ou não, continua a levar a melhor sobre os rivais, que é dar a cada história um princípio moral, a tentativa de incutir ao filme valores que, parecem, andar desaparecidos.
O que me deixa louco de satisfação nos filmes da Pixar, são as referências aos próprios filmes, ou ao seu próprio universo que conta já com 20 anos, como por exemplo o numero do McQueen, 95, ano de lançamento do Toy Story, primeira longa metragem Pixar, os pneus dele são Lightyear Buzzard, uma alusão por um lado, aos pneus Goodyear e por outro ao Buzz Lightyear, o astronauta do Toy Story. Para terminar o filme, a Pixar abençoa-nos com cenas de filmes do Toy Story, Monsters Inc., e A Bug´s Life, tudo transformado em personagens em forma de carros. De fazer um gajo levantar-se e bater palmas. Verdadeiramente fabuloso.
Etiquetas: opiniao, tiros nos filmes
4 Comments:
Tenho mesmo de ir ver este filme! Qualquer noticia que venha da Pixar é sempre boa noticia, especialmente a de um novo filme! Para quem esteja interessado já se encontra on-line o novo trailer de Ratatouille, o próximo filme deles e que conta a história de um rato francês... Para quem estiver interessado também James Cameron (que ora é fabuloso como é do piorio) já está a trabalhar no novo projecto dele e que marca o regresso ao género que o consagrou - Ficção Cientifica. O novo filme chamado "Avatar" vai ser praticamente todo desenvolvido em CGI com actores reais pelo que consta e o orçamento ronda a módica quantia de 315 milhões de dólares... para quem não tem noção é o equivalente a duas ou três produções Bala Perdida...
Como nota final, embora toda a filmografia da Pixar seja genial, incluindo o Toy Story, dificilmente algum deles superará a genialidade de "The Incredibles". Que se poderia esperar quando na mesma empresa temos Brad Bird e John Lasseter? Vale a pena pensar nisto...
Malta é ver Neuza, a Deusa, TODOS OS DIAS na TVI, na reposição da novela que detém o record de "exibição mais longa de sempre". Acho que não chegou aos 10 anos, mas teve perto. À hora da sesta. Entre as 2 e as 3, portanto.
reparei que as visitas a este "cantinho de escárnio, mal-dizer e alguma pornografia" já ultrapassam as cinco milenas.é bom saber que somos amados por muitos (as), ou então, entre os três, carregamos 1666 vezes cada um no botão "actualizar" do explorer (para o rozé, o firefox).descubram por vocês.
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