bala perdida: Blá, blá, blá Jesse James, blá, blá, blá, Robert Ford

segunda-feira, novembro 19, 2007

Blá, blá, blá Jesse James, blá, blá, blá, Robert Ford


Brad Pitt massaja a virilha, como é hábito, nos filmes que protagoniza.

Aproveitando a onda de "filmes passados algures no interior rural americano em data relativamente incerta" iniciada por Sr. Mari, é altura de pôr os olhos num dos filmes maravilha do Festival de Veneza de 2007, The Assassination of Jesse James by The Coward Robert Ford, protagonizado pelo Sr. Brad Pitt e pelo Sr. Casey Affleck (sim o apelido é esse que vocês estão a pensar e, por ventura, se a mãe não andou a enganar o pai, é realmente o irmão do Ben. o Ben que se aventurou na realização de um filme cujo enredo é muito semelhante à história do desaparecimento da pequena Maddie. diz-se se por aí que o próprio em pessoa Ben possa ter vindo ao Algarve e levado a menina, numa espécie de campanha macabra para promover o filme).

A grande surpresa é que o trailer é fixe e, basicamente, parece demonstrar a vontade do Pittzinho em voltar a fazer papéis dignos de referência, tipo papel canson, ou o famoso papel cavalinho. O Casey Affleck interpreta o Robert Ford, e diz-se que, além de matar o gajo (porque o filme chama-se assim, ou seja não me culpem a mim por já saberem o final, culpem o gajo que inventou o título do filme; aliás, isto era mais ou menos a mesma coisa que o Titanic se chamar "A Morte de Jack Afogado no Oceano Atlântico Porque a Kate Estava Entretida a Assoprar No Apito Para Chamar A Atenção Dos Barcos Salva-Vidas Porque O Titanic se Afundou Depois de Terem Tido Relações Sexuais Num Ford T") como eu estava a dizer, além de matar o gajo (ao que tudo indica, porque eu ainda não vi o filme) Casey Affleck promete nos próximos anos dar que falar, porque primeiro é irmão do Tio Ben, e depois porque se afirma cada vez mais como actor de referência - depois das aparições na saga Oceans, e ter passado uns anitos a levar com papéis que ficam ali entre o secundário e o figurante, nomedamente nos filmes do nosso grande amigo Gus Van Sant, tanto no Gerry, como no Last Days ou mesmo no longínquo Good Will Hunting (o Bom Rebelde, em português, para os mais desatentos), protagoniza agora o filme do Ben sobre a tal criança que é inspirado na Maddie (ou ao contrário, não sei e não interessa), intitulado Gone Baby Gone.

Em Veneza, Brad Pitt arrecadou o Leão de Ouro para o melhor Actor. Talvez este seja o ano em que, finalmente, possa arrecadar o óscar há muito merecido, desde que fez o 12 Monkeys, passando pelo Seven, acabando no Babel (afinal de contas, é sabido que conseguir levar a Jolie a pernoitar, dá direito a prémio).

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A poeira do Oeste Americano ainda não apareceu por cá, com Brad Pitt a cavalgar, transpirar, cuspir no chão, brincar às pistolas, andar à porrada e coçar-se - actividades que desempenha com grande destreza. Para além disto tudo, a ver se Jesse James lhe auspicia um belo desempenho artístico.
Mas dizia eu, enquanto não pudermos confirmar isso na tela, preste-se atenção à fabulosa banda sonora, assinada por Warren Ellis e - pausa solene - Nick Cave, um passaporte perfeito para o imaginário dessa América perdida... Usem-se os ouvidos e preparem-se os olhos!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007 às 18:03:00 WET  
Blogger El Mariachi said...

eis que, de um campo cinematografico praticamente esquecido, o western, começam de súbito a brotar novas sementes.além deste "jesse james et cetera e tal robert ford" há o "3:10 to yuma" com russel, o ubíquo, crowe e christian, o não menos omnipresente, bale, realizado por james "man in black" mangold, que também promete tiros e revólveres e cavalos e grandes bolas de cotão (daquelas que se formam no umbigo e noutros sítios menos recomendáveis) a rolar pela pradaria. e cavalos, e tiros. e revólveres.

depois, no ultimo festival de veneza (ao qual não pude comparecer), no verao, foi homenageado o western spaghetti (aquele que se come com bolonhesa, ou não). alguem teve a (bestial) ideia de convidar o assobiador de todas essas bandas sonoras memoráveis, de filmes do sergio leone e outros que tal, que de vez em quando o tarantino vai buscar para sonorizar as suas peliculas.

finalmente, e como hoje em dia a televisao anda sempre um passo à frente do cinema, já passaram nas américas as 3 temporadas do Deadwood, mais uma série do camandro produzida pelos senhores do HBO (sopranos, 7 palmos de terra, the wire, etc), ambientada numa "terra-sem-lei" do faroeste no final do século XIX e inspirada em factos reais (o que, neste caso, resulta bem, ao contrario dos telefilmes que a TVI passa de madrugada). andam por lá o Wild Bill, a Calamity Jane, o Wyatt Earp e outros personagens catitas da semi-mitologia western, interpretadas por actores de primeira água (até o excelso Brian Cox faz uma perninha lá para o fim). é de ver.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007 às 16:49:00 WET  
Blogger juanito said...

A caixa do dvd do Deadwood tem indubitavelmente um aspecto magnífico, cá para mim vai uma parar à minha prateleira, antes ainda de nascer o menino pela 2007ª vez. Para a confirmação derradeira deste "Return of The Western", o Mestre Clint podia deixar-se de aventuras bélicas à-lá-século-XX, pegar na sua pistola ferrugenta, no famoso chapéu arraçado de sombrero, enfiar o caruto entre os dentes (de preferência, o mesmo) e ir rodar um filme para Cinecittà.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007 às 22:51:00 WET  
Blogger juanito said...

By the way, parabéns à Scarlett Johansson (a mulher mais sensual desde a Vénus de Milo, com a vantagem de ter os dois membros superiores), que completa hoje, dia 22 de Novembro, 23 anos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007 às 22:57:00 WET  

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