bala perdida: junho 2007

quinta-feira, junho 21, 2007

The Trailer Show 05



Neste episódio, eu e o Rozé fazemos uma visitinha ao Ocean's 13, ao The Astronaut Farmer, ao Blades of Glory, e ao Marie Antoinette que, finalmente, saiu em dvd - por isso passem pela fnac, comprem uma cópia para vocês, e enviem outra aqui para a redacção da Bala. Obrigado.

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domingo, junho 17, 2007

Ainda Há Pastores?



O documentário Ainda Há Pastores? de Jorge Pelicano venceu o FICA - Festival Internacional de Cinema Ambiental do Brasil (diz-se que é o maior festival de cinema ambiental do mundo e arredores). É de louvar o esforço feito por ele e pelo resto da malta que o acompanha, por terem conseguido levar um filme português assim tão longe. Até o Hermínio (o pastor) acompanhou a equipa ao Brasil e teve a oportunidade de, pela primeira vez, ver uma mulher.
Em nome da Bala, deixo aqui um forte abraço ao grande Jorge pelo seu prémio.
O blog oficial é este aqui: www.aindahapastores.blogspot.com (tem uma foto com o Hermínio a tomar banho rodeado de brasileiras, por isso vale a pena).
O site do FICA é este: www.fica.art.br

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quarta-feira, junho 13, 2007

The Trailer Show 04


Com algum tempo de atraso, chega o episódio nº. 4 da serie, que é já um fenómeno internacional, The Trailer Show (parece que andam dois tipos bolivianos a ver o programa, no intervalo de colheitas ilícitas). Neste episódio eu e o Rozé, tratamos da saúde dos seguintes filmes: 28 Weaks Later, Pirates of The Caribbean: At World's End, Zodiac, The Departed
Aproveitem.

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segunda-feira, junho 11, 2007

"Not Another Zodiac Post"... ou o Verão Azul passado sentado à sombra de um chaparro... ou o post mais longo de sempre!!!

Pessoal, este Post vem celebrar dois eventos. O primeiro, e talvez o mais importante de todos, é o regresso do Ró “El Sid” Zé ao activo no que à postagem no blog diz respeito. O segundo trata-se de esta ser a primeira incursão da Bala Perdida naquela que já é considerada a tipologia cinematográfica do século XXI – A TRILOGIA. Provavelmente até será o mais próximo que conseguiremos estar de açambarcar uma franchise e levá-la a bom termo ao longo de três fantásticos episódios como já nos provou o Pedro Jaquesão nesse clássico telefilme em três partes que foi “El Señor del Anillo”.
Portanto é desta forma que eu venho completar um ciclo de três posts sobre o filme não-blockbuster que até ver mais marcou o ano de 2007, pelo menos a mim, e que serviu para abrir as festividades do Verão e a catadupa de popcorn movies que por aí se sucedem à doida.
The Zodiac, esse filme que ninguém é capaz de falar sem aludir à obra serial-killeriana anterior de Fincher! Não estão as duas sujeitas a comparação de forma alguma, mas devo admitir que o meu favoritismo pende para o filme da Maya em detrimento do Se7e do Brad Poço! Tendo dito isto acho que não tenho rigorosamente mais nada a dizer sobre o filme... Diacho, lá se foi a teoria do tríptico e tal e isto ser um post altamente...

Bem vou basicamente falar daquilo que ninguém na Bala tem coragem para falar porque acham que pode ser embaraçoso no futuro, quando alguns de nós forem críticos de cinema (daqueles mesmo a sério, estão a ver?) e, de repente, após uma opinião extremamente bem fundamentada alguém se vira e diz: “Tudo isso é muito giro caro colega mas eu bem sei que no Verão de 2007 o colega num post que fez num blog de sua autoria cometeu a heresia de... até me custa dizer... de... referir-seaosblockbustersdeVerão...!!!!”

Eu vou-me arriscar e referir-me a essa cultura descerebrada que parece predominar entre os meses de Junho e Agosto, e vou também falar no que me der na veneta, pois já que faço parte dos fundadores do blog, faço o que bem me apetecer! Ninguém manda em mim!
Vou talvez começar por aquele que seria o filme mais esperado desta temporada, em grande parte devido aos seus dois antecessores (a tal cena da trilogia, lembram-se?), e que em grande parte veio deixar um enorme vazio e sensação de perda no coração dos seus fãs: Homem-Aranha 3.

"Se eu soubesse que me iam pintar de rosa não tinha vendido bilhete ao jóne"

Neste terceiro filme da saga Sam Raimi optou por um caminho difícil que foi o de bater com o punho na mesa e dizer que já chegava das brincadeiras cinematográficas com a personagem mais querida da Marvel. Estava na altura de o celebrar tal como ele existe na banda-desenhada e parar com as invenções de enredo típicas deste tipo de filme (o doctor octopus e peter parker serem bons amigos antes do primeiro dar em doido e transformar-se em mau e querer matar o spidey. Por favor. Se for para roubar enredo não o roubem à DC porque é concordar na vossa inferioridade. Mas se, ao mesmo tempo, tiverem com falta de ideias para os enredos tentem não pegar nos maiores clichés da história do cinema). No terceiro filme Raimi assume a personagem tal como ela é nos comics e dá aos verdadeiros fãs dos livros de bonecos três horas da melhor adaptação cinematográfica marveliana que eles já tiveram oportunidade de ver. Porém, ele não consegue esconder aquilo que já todas as pessoas vinham a notar desde o inicio da saga: a fraca prestação e incapacidade do Tobey Maguire de arcar com uma personagem tão conflituosa como a de Peter Parker. Maguire revela-se nitidamente o elo mais fraco, seguido de perto por uma Kirsten Dunst tão apropriada para o de Mary Jane Watson como o gato Elias para o papel de Inspector Max. Esta é definitivamente a confirmação de um erro crucial no inicio da saga e que se prolongou até ao seu culminar.

Mantendo o ritmo, já que estamos a tratar de adaptações de comics, passemos directamente para o 300 de Zack Snyder que já nos tinha presenteado com uma original releitura do “Dawn of the Dead” de George Romero. O estilo de escrita de Frank Miller é, provavelmente, o mais aproximado que se poderá ter de um ponto de vista cinematográfico. Não é difícil fazer um bom filme dos seus livros, nem sequer é necessário ser um bom realizador, basta respeitar o ritmo e desenvolvimento da história e também os enquadramentos de cada uma das vinhetas. É claro que, se a tudo isto lhe acrescentarmos um realizador capaz como Snyder, obtemos uma das melhores transposições de comics para cinema.

"Madness? This is Sparta...cus!!"

Snyder opta por intervir sobre a obra de origem (tal como já havia feito no seu primeiro filme) e dar-lhe um maior caráter de heroic fantasy do que aquele que a banda desenhada possui. Surgem criaturas antropomórficas e seres vindos de um bestiário que se acreditava serem existentes naquela época. Mas o essencial permanece inalterado, especialmente a fabulosa coloração de Lynn Varley.

Voltando às trilogias (vêm o que eu estava a dizer?) temos o terceiro volume das aventuras de Jack Sparrow que é de longe o mais ambicioso de todos e justifica bem o investimento dos 4 euros e 20 cêntimos, caso sejamos estudantes, velhos, crianças ou seja 4ª feira) para quem é fã de piratas e de filmes de puro entretenimento. Johnny Depp continua no seu melhor em termos de actuação e a personagem de Davy Jones continua a ser uma das mais atractivas do imaginário fantasioso.

Outro filme que tive oportunidade de ver foi “Pathfinder” que é em todos os sentidos uma verdadeira desilusão. Ia preparado para um bom filme de acção realizado por Marcus Nispel e acabou por sair uma mistela de o que quer que seja extremamente desinspirada. Nispel que tinha estado extremamente bem no seu remake do “Texas Chainsaw Massacre” acabou por não estar à altura de uma narrativa que até se poderia revelar bastante promissora.

"Eu sou viking, tu és viking, mas eu sou índio, e tu não és índio, mas eu sou viking, tu és viking, mas eu sou índio, e tu não..."

Há muitos muitos anos atrás do nosso tempo, os vikings não se limitavam a ser o Thor e andar por aí de martelo na mão a dar vergastadas na cabeça de salafrários. Eram um povo, como hei-de dizer, bárbaro e mau e davam porradinha na cabeça de pessoas mais pequeninas que eles, que era o resto do mundo pois eles eram uns animais nórdicos. Numa das suas incursões ao território americano eles deixam um rapazinho para trás (Karl Urban) que é adoptado (após ter tratado de toda a papelada que era exigida) por índios. O miúdo cresce e transforma-se num animal grande e nórdico mas domesticado por índios que ao fim e ao cabo não eram nada selvagens! Resumindo e concluindo, os vikings voltam um dia para dar mais porradinha na cabecinha dos índios mas o garoto acaba por lhes dar porradinha a eles e tal! Karl Urban esteve muito melhor em qualquer um dos filmes que já tinha participado e o resto do filme estava pronto para dar num domingo à tarde na TVI!
Fica de fora desta incursão pelo Verão o “Die Hard 4.0”, os “Transformers” e o “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” pois nenhum deles ainda estreou e alguém falará deles lá para a frente!

Mas como o Verão não é só cinema, falemos também dos festivais de Verão. Este ano parece que todo o santo festival tentou arranjar o melhor cartaz possível e tal mas como eu não vou ver nenhum deles vou só falar daquele que vi. A abrir as hostilidades da concertalhada tivemos o OeirasAlive, do qual eu só estive presente no 1º dia e pude ver Pearl Jam e Linkin Park. Foi aquilo que eu considero um concerto inesquecível especialmente por serem duas das minhas bandas preferidas. Embora o espaço não tivesse infra-estruturas à altura do evento o pessoal tava lá era para mamar cerveja, mamar canhões e ouvir musica. Eu não bebo e tão pouco fumo, pelo menos voluntariamente, logo acabei por ouvir a musica.
O concerto dos Linkin esteve à altura dos anos de espera que eu tive de me submeter para poder vê-los ao vivo. Foi um pouco curto mas é um concerto de Verão, eles não eram cabeças de cartaz por isso não vamos ser mais papistas que o Papa, ok?
Quanto a Pearl Jam, como seria de esperar nada nos pode preparar para um concerto daqueles. Estava tanta gente dentro do recinto que eu acho que por duas horas o resto do mundo ficou completamente vazio de corpos humanos! Estive quase lá há frente mais os meus compinskas mas, comparado com o pessoal que estava ao fundo do recinto, eu estava dentro do palco! Cada musica que eles tocavam era uma celebração mística de transe e tal, ou se calhar era o efeito de eu já estar há mais de 3 horas a inalar os canhões que todo o pessoal há minha volta fumava!

E como o post já vai longo e tenho a certeza que só eu, o jóne e o Mari é que vamos ler até aqui (eles são obrigados a isso para terem a certeza que eu não digo mal deles e terem de responder) vou encurtar o que tenho para dizer e deixar apenas uma sugestão final em termos de banda-desenhada!

A pérola da empresa de McFarlane

Há já muito tempo que não lia nada da Image e achei que eles tinham perdido um pouco do seu ímpeto inicial, mas este último mês tenho-me deliciado com “The Walking Dead” uma série criada por Robert Kirkman e magistralmente ilustrada por Charlie Adlard. A série é, como o título não pode deixar de revelar, sobre mortos-vivos ou zombies, como preferirem, e baseia-se um pouco no conceito da série MTV “the Real World”! O que acontece quando as pessoas deixam de ser simpáticas e passam a ser verdadeiras! Num mundo completamente dominado pelos zombies, um grupo de pessoas tenta sobreviver apesar de todos os seus hábitos, regras e noções do real estarem completamente alterados. Vai no livro 6 e vem vindo a ficar cada vez mais violento mas, para quem gosta de estórias extremamente bem contadas, que trabalhe bem a psiqué das suas personagens e acima de tudo, para quem viu os filmes de Romero e quis saber o que aconteceu depois, esta é uma série altamente recomendada! Na Fnac cada volume custa 11 euros e mais alguns cêntimos, mas acreditem que vale bem a pena cada uma dessas moedas especialmente se pagarem tudo em moedas de 5 cêntimos!

Abraços e própes pessoal!!!

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