bala perdida: dezembro 2007

domingo, dezembro 23, 2007

Filme do Ano


As LakerGirls profundamente compenetradas na eleição do melhor filme do ano.

Aproveitando a onda de tudo o que é pasquim, jornal, e canal televisivo, em fazer os tops de filmes, ou dos álbums ou qualquer coisa que seja possível de organizar numa tabela, é lançado este desafio aos bala-lovers, de elegerem o seu melhor filme do ano. Infelizmente a escolha, devido a circunstâncias logísticas é, logo à partida, limitada a 5 filmes - os que se encontram aqui à direita. O questionário foi encomendado à Bala pela própria academica americana de cinema, para ajudar a delinear os nomeados para a próxima cerimónia de atribuição dos óscares. Há umas passagens de avião disponíveis para acompanhar a equipa da Bala a Hollywood no dia 24 de Feveiro de 2008 para assistir ao vivo à cerimónia que, mais uma vez, vai ser apresentada pelo Jon Stewart. A passagem inclui 2 noites em L.A., a entrada na noite dos óscares, e uma ida ao Staples Center para ver as Laker Girls a treinarem, para que se possa, com serenidade e algum discernimento intelectual chegar a uma conclusão efectiva em relação ao melhor filme do ano. A viagem inicia-se (e, na verdade, resumir-se-á) a uma sobredosagem de estupefacientes (em jeito de comemoração do ano vindouro).

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quarta-feira, dezembro 12, 2007

Indy 4eva



Nada como usar um título arraçado de nome de tema hip-hop - tão em voga nestes tempos em que 90% das crianças com menos de 12 anos trocou a ambição de ser um dia polícia ou bombeiro para optar pela vida de dread - para chamar a atenção para o lançamento do poster oficial daquele que poderá ser o filme mais/menos interessante de 2008 (riscar um deles a partir de 22 de Maio, data de estreia em sala), Indiana Jones and The Kingdom of the Crystal Skull.

A denominação escolhida para o quarto tomo da saga mais louca do cinema contemporâneo, juntamente com a trilogia Regresso ao Futuro, encerra em si um apelo místico-esotérico que faz qualquer fã do "Dáktã Jounz" (como o Minorca lhe chamava enquanto usava uma caixa de sapatos para chegar ao acelerador do carro que conduzia no segundo Indy, o do Templo Perdido ou Maldito, nunca percebi bem) recear pela saúde do filão inaugurado em 1981 por Steven Spielberg, com o auxílio do seu amigalhaço George Lucas. Uma caveira de cristal? Porque não um fémur de pedra-pômes? Ou uma rótula de tofu? Um título que junta ao mesmo tempo as palavras "caveira", "cristal" e "reino" é uma espécie de concentrado de referências vagas.

O que se sabe ao certo é que acção tem lugar nos 50s e o filho do Indy é interpretado pelo puto dos Transformers, aquele com nome de perfume (Shia laBeouf). Infelizmente, no capítulo dos mauzões da fita, os charmosos sacos de pancada nazis foram substituídos por comunas soviéticos, daquele género que se junta a conspirar no café Troika, junto à Praça da República em Coimbra (aquela malta de barba que ainda fuma Português Suave Amarelo).

É esperar para ver, com os dedos a fazer figas para o velhinho Harrison Ford não deslocar a bacia nas filmagens, enquanto foge de calhaus rolantes. Até lá, nada como recordar o primeiro filme da saga, aquele da Arca Perdida, aqui numa versão restaurada de 25 segundos produzida para agradar a um público com A.D.H.D..

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Death Proof



Já la vai imenso tempo desde a ultima vez que decidi presentear-vos com as minhas (pseudo-)masturbações mentais.

Não me consigo pronunciar acerca do Beowulf, pois ainda não tive oportunidade de o visionar (por acaso tive, mas não o fiz). Acerca do Children of Men, partilho dos aspectos ultra-positivos alegados pelos caros colegas. No entanto, tenho que ser honesto e dizer que não contenho background suficiente para argumentar ou contra-argumentar acerca do que foi discutido, visto eu não comer DVDs ao pequeno almoço,mas bebo apenas leite com nesquik e bolachas, ou neste momento leite ou chá com mel, visto que as minhas cavidades nasais se encontram de momento com muco indesejado.

No entanto, posso fornecer uma mera opinião acerca de um assunto que não se encaixa propriamente aqui, além de que se encontrará já com algum atraso: o filme "Death Proof" do Tarantinóiai.Tive a oportunidade de o incluir na minha memória recente (há 2 dias) através da sua projecção nesse belo teatrocoimbrense (sem ironia) que é o TAGV, acompanhado pelo mariachi, por um alemão e um casal francês que vivem no meu prédio.Ora bem, começo por dizer que considerei um bom filme de entretenimento, mas sinceramente, não mais do que isso. Claro que o Tarantino "é fixe", porque usa uma variedade infindável de referências fílmicas "fixes", incluindo dos seus próprios (como o toque de telemovel que ecoa o Kill Bill; há quem diga que o Quentin já assinou um contracto vitalício com a empresa que produz os toques Jamba)criando um sistema de auto-publicidade "fixe" a ele próprio.Mas não quero com isto dizer que a experiência sofre com o intuito de alguem querer ganhar uns trocos a fazer um filme, pois nem todos somos filhos do coppola.

Além de visionar constantemente rabos e pernas de beldades femininas no écran (se bem que a da lap dance poderia marcar uma consulta com o Dr. Christian Troy - que para quem não sabe, é o Rei disto tudo - para retirar um pouco daquela barriguita que andava pendurada, e que na minha opinião não combinava muito bem com a sensualidade do resto do seu corpo), e duas discussões entre as personagens, que demoram 2/3 do filme, as quais dissertam acerca de qual namorado de quem tem um pénis maior, obtemos um prazer de alguns segundos numa destruição humana massiva na 1ª parte, assim como uma perseguição automóvel fenomenal na 2ª (diga-se de passagem que a Zoe Bell, dupla de Uma Thurman em Kill Bill, "Kicks Ass!", a qual, aliás, representa-se a si própria no filme).

Mas, uma constante ao longo do filme, era o facto de a minha consciencia fazer questão de me lembrar permanentemente que aquilo que estou a observar provém do "young master" Quentin Tarantino.Sendo assim, começei a pensar..."mas será que se o filme não fosse do Tarantino, mas sim de um coitado qualquer dos suburbios de L.A. que ninguem conhece, e que conseguiu juntar umas massas, umas gajas boas, e um acabdo Kurt Russel com penteado à Patrick Swayze em "Road House" ("Profissão:Duro") para fazer um filme de porrada, será que o viamos com os mesmos olhos?"Tudo bem que o conceito do filme é porreiro, aliás o conceito que engloba os dois filmes, o dito "grindhouse", o tal sistema de dupla sessão, que, se bem me informei, apenas acontecia nos EUS, Inglaterra e Austrália, nos anos 60 e 70 (aliás, os unicos locais onde passaram os filmes no mesmo sistema aquando da sua presente estreia).Mas o conteúdo, se bem que sabemos que é irónico (porque é do Tarantino e o "Tarantino é bue fixe", lá está!), não contém muita coisa que não fosse digna de um filme do Van Damme ou do Steven Siegel (belos tempos em que aquela gaja do Baywatch, a Erica não-sei-das-quantas aparecia com os seus grandes peitorais a saltar de um bolo num navio no meio do mar, num filme de partir rótulas e cotovelos proporcionados pelas técnicas budistas do cozinheiro Esteves Gaivota).

Mas pronto, o Tarantino é o Tarantino, ninguem o pode negar (até porque ele é mesmo o Tarantino, já vi no B.I. dele), e que mais não seja, acho que dará um belo filme para passar num domingo às 6h da tarde - mesmo antes do telejornal para abrir o apetite para o jantar - daqui a 6 anos.Quanto ao Tarantino, aconselhava-o a ter cuidado, denota-se um gozo e prazer imenso dele neste tipo de concepção fílmica, mas é por estas e por outras que o seu companheiro Rodriguez faz 1 Sin City em cada 10Spy Kids. Proponho desde já uma recolha de assinaturas em pedido ao Tarantino para conceber um argumento que tomasse lugar temporalmente e em paralelo aos acontecimentos descriminados na sua obra-prima Pulp Fiction.

Está dito.

Helder Jwoofer

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