bala perdida: outubro 2007

sexta-feira, outubro 26, 2007

Le hotel et les cheveux de Natalie, sacre bleu, formidable!



Interrompe-se o clima de marasmo que invadiu este pasquim electrónico para dizer duas ou três coisas relacionadas com a recente (há coisa de dez minutos) visualização de Hotel Chevalier, curta do realizador Wes Anderson, que precede o seu filme a estrear (quem sabe?) nos cinemas do Portugal nos próximos tempos, The Darjeeling Limited. Toda a gente que me conhece sabe que, além de gostar muito de pesca desportiva, sou um fã dos filmes do homem, como o Jóne teve oportunidade de reconhecer há uns tempos após eu lhe ter arrancado um dos globos oculares com um garfo depois de ele me ter dito que tinha perdido a cópia do Rushmore (título português: Gostam Todos da Mesma - não é peta, vejam uma das cenas mais espectaculares aqui) que lhe emprestei. Pouca gente sabe que ele tem um berlinde de leite (acho que era um abafador) no lugar do olho esquerdo. Por isso é que costuma dormir com um olho aberto e o outro fechado.

Bem, vamos aos factos:

1) Apesar da existência (divina) da Divina Escarlate, a Natalie Portman é a mulher mais bonita do mundo (mesmo quando aparece ao lado de um arrumador, de bigode, como é o caso)

2) 3) 4) ...

76) Apesar da existência (divina) da Divina Escarlate, a Natalie Portman é a mulher mais bonita do mundo (mesmo - ou especialmente - com o cabelo curto)

77) Finalmente, há vários planos em que a Natalie Portman aparece em pêlo

A curta esteve disponível na loja americana do iTunes à borliu, para usar latim (ou francês, ou apenas uma expressão foleira) mas eles já se deixaram disso, por isso, num acto democrático algo anormal numa época de Putines e Sócrateses, é utilizar o programa ilegal de download à vossa escolha para comprovar com os vossos próprios olhos estes meros 12 minutos de película.

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terça-feira, outubro 16, 2007

Machete


Rose McGowan, em Planet Terror - a cyborg mais sensual do ano.

A segunda parte do Grindhouse chega finalmente a Portugal, depois de um interregno de alguns meses – houve inclusivé a hipótese de vir directamente para vídeo e, nesse caso, pessoalmente mudaria a minha nacionalidade para um país bem longe daqui, estilo Uganda ou Sri Lanka. Felizmente veio para o cinema e, tal como era de esperar, Rodriguez redimiu-se de todos os seus pecados e apresenta uma obra verdadeiramente notável. Não é, no entanto, para todos. No fim, há duas coisas que qualquer homem deve ambicionar: ter um blusão de cabedal e uma miúda sem uma perna.
Antes da exibição do Planet Terror é-nos esfregado na cara um trailer maravilha intitulado Machete, que imediatamente indica
que o Rodriguez não entrou no esquema Grindhouse (rapidamente desfeito) para brincar. O Machete, interpretado por Danny Trejo, que consegue ser ao mesmo tempo, o mais famoso e o mais energúmeno actor mexicano – mas não é por isso que deixaremos de o idolatrar – é um mercenário mexicano que, basicamente, é mau como as cobras. Daquelas do tamanho de arranha-céus.

O trailer torna-se num objecto de culto construído principalmente em três momentos: quando a voz off anuncia que “they just fucked with the wrong mexican”; quando a mota dele é bafejada por uma explosão nuclear e é projectada a 1 km de distância com ele lá montado; e finalmente, por terem conseguido arranjar, não uma, mas duas tipas loucas (ou cegas) o suficiente para darem um beijo no Danny. O trailer é de um filme fictício (mas que poderá dar origem a um filme real) que é uma autêntica viagem ao passado – a uma época em que se faziam filmes de acção a sério. Daqueles em que o duplo do protagonista partia os dentes no asfalto e rasgava a pele na chapa da mota. O Danny como só se metia em filmes Z's, nunca teve um duplo – protagonizava ele próprio as quedas com a dentição directamente no ferro.
O resultado é esta carinha de santo.

Danny Trejo é, além de esbelto, bastante dotado na arte do canto lírico.

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sábado, outubro 06, 2007

O Sonho do Camandro


Scarlett e Bellucci teimam em ir vestidas para as galas. Marceau posa, semi-nua, para os jornalistas.

O bom e velho Woody Allen brinda a comunidade cinéfila com mais um drama recheado de entroncamentos sentimentais e de inter-relações humanas mais complexas que o ADN de um chimpanzé. E é precisamente aí que, normalmente, reside a sua genialidade. As histórias de Woody, além de revelarem um certo apreço pela cenografia natural da cidade são, habitualmente, enredos desprovidos de ornamentos despropositados. E revelam-se sempre recompensadores do ponto de vista masculino – visto Woody ser dono de uma capacidade de persuasão acima da média, junto das actrizes mais dotadas da terra da Madeira Sagrada (Hollywood).

Depois de, na América, lhe terem fechado todas as portas na cara, Woody ruma a Inglaterra, em 2004, para rodar o Match Point com o Jonathan Rhys Meyers e a Scarlett Johanssen. O filme revela-se uma obra prima e relança Woody para o caminho do sucesso – curiosamente esse caminho é tão aplaudido no circuito mais alternativo como nas receitas de bilheteira provando, mais uma vez, que o Sr. Woody ainda não está senil de todo. Entretanto, roda mais um filme em Londres em 2006 – apenas com a intenção de passar mais umas tardes solarengas na companhia da bela e única Scarlett – o Scoop, que revela o Hugh Jackman num registo cómico-dramático muitíssimo interessante. Depois Woody ruma a Veneza para apresentar o seu novo filme (2007) Cassandra's Dream, protagonizado por dois gigantes do cinema contemporâneo oriundo do Reino Unido (se é que a Irlanda faz parte do Reino Unido): Ewan McGregor e Colin Farrell. Por último, Woody prepara um filme rodado em Barcelona que ainda não tem nome (e quanto a mim, nem precisa de ter e, pensando melhor, nem precisa de ser um filme no verdadeiro sentido da palavra, basta ser uma sucessão de imagens em que as protagonistas vão interagindo as duas, e até podia acabar com um clímax assim mais explícito, sei lá, do estilo Deep Throat – mas isto são apenas dicas que o tio Woody até podia aproveitar). O filme será protagonizado por Scarlett Johnanssen e Penélope Cruz.

Depois deste filme, Woody Allen, rodará outro filme em que Scarlett protagonizará, juntamente com Monica Bellucci e Sophie Marceau, um filme centrado num triângulo amoroso no qual três mulheres extremamente sensuais habitam a mesma casa e partilham o mesmo leito. Além disso partilham, também, outra coisa que eu não percebi bem, quando tive oportunidade de falar com o próprio Woody ao telefone, mas prometo que, da próxima vez, estarei mais atento às palavras do velho sábio. Vou dormir. Os Ben-U-Rons fora do prazo provocam, pelos vistos, devaneios temporários graves. Humm... Hum...