Woody Story

Hello folks! Contrariando mais uma vez a tendência dominante, como um bom rebelde (piscar de olho ao gus van sant, de quem se viu o last days ontem, um filme bem melhor que o match point, bem já lá vamos) venho aqui deixar o meu depoimento sobre o filme de que se fala para o óscar de melhor argumento ( e provavelmente vai ganhar, já que este ano não houve star wars - hahaha).
No seu melhor, Match Point é um telefilme decente da BBC, que passava bem na :2, enquanto fazíamos tempo para ver o Roma (sim!) ou os Sopranos (double yes! - a 6a série tá para breve, dizia-me o T via messenger no outro dia). Nas piores partes, cheira mal que fede e damos por nós a pensar:
- o gajo que faz do david bowie no velvet goldmine fazia mehores papeís com a cara pintada. assim parece uma versão roskóff do joaquin phoenix (deve ser fixe o walk the line, johnny cash rulezzz!)
- a scarlett johansson é bem mais fixe quando não faz de gaja loira burra e boa, como neste filme
- o ténis é um desporto bem fatela
- todos os ingleses têm casas de campo pitorescas e gostam de caçar
- onde é que anda a miss marple? ela resolvia o caso enquanto fazia tricot só com uma mão e com a outra mexia o chá
- o spud deixou as drogas e agora é polícia, não tá mal, não, mas o tommy tinha morrido de toxoplasmose e agora é centurião no exército romano (que é um trabalho melhor remunerado e com melhores benefícios fiscais, além da possibilidade de violar ocasionalmente uma camponesa na Gália) , por isso Roma 1 - 0 Match Point (indexando tudo a um referencial trainspotting)
- Londres não é Nova Iorque, a Tate Modern não é o MoMa (e já agora, o woody allen não é o orson welles nem o kubrick, para citar dois realizadores de que se falou aqui há pouco tempo)
Podia continuar a disparatar por mais umas linhas, mas acho que já marquei pontos suficientes.
Hoje à noite mais cinema bacano no tagv, com menos gajos de t-shirt do kurt [blake] cobain do que ontem. Incesto, tortura e o melhor plano-sequência dos últimos tempos, às nove e meia (a seguir ao benfica, portanto). Be cool, stay in school (lembrei-me desta linha porque também vi o crash este fim de semana e é uma espécie de versão série Z do magnolia).

Óscares 2005

Era inevitável. Apesar de eu saber que os restantes membros da B.P. não serem propriamente fãs dos prémios mais famosos do mundo (incluindo os Nóbeis), vou deixar aqui um desafio que se estende, obviamente, a todos os frequentadores assíduos (ou não) do Blog.

Visto por muitos como uma mera noite exacerbada do mundo do espectáculo hollywoodesco, os óscares são, quer se queira quer não, saudáveis para o mundo do cinema americano. Dão-lhe algum sentido. Algures no nosso inconsciente sentimos uma certa alegria quando sabemos que o filme de um dos nossos realizadores favoritos ganhou o oscar de melhor filme, ou quando soubemos, por exemplo, que a Nicole Kidman ganhou o cobiçado prémio de melhor actriz (algures) em 2002. Porém eu percebo a indignação de muitos - e estou de acordo - porque há óscares que são claramente mal atribuídos (e não vou dizer nomes, porque é obvio que isto tudo é muito subjectivo, mas parece que há aí umas pessoas que recebem oscares e depois poêm-se a fazer de Bond Girls e Cat Womans e não sei quê...).

Por outro lado há nomes que infelizmente nunca tiveram a devida homenagem na noite mágica do teatro Kodak. Também sem querer mencionar nomes, há aí um ou outro realizador que merecia figurar nessa lista e infelizmente morreram sem erguer a estatueta, com o oscar esculpido, ao céu. Os dois eram gordos, génios e, começaram a filmar a preto e branco, já ambos morreram, mas antes, um disse "rosebud", o outro fez dizer "droogs".

A grande falha dos oscares é o facto de praticamente nem sequer entrarem a concurso filmes que não sejam americanos. De vez em quando aparece um ou outro filme que é de produção inglesa, espanhola ou até brasileira (veja-se o caso ridículo da nomeação do Fernando Meireles, apenas no ano seguinte só para dizerem que o gajo foi nomeado). E eles pensam que nos podem ir comprando com estas nomeaçoezinhas pontuais. Nós queremos é a Europa em peso no teatro Kodak! O cinema japonês lá vai arrecadando um ou outro premiozinho nas animações, porque os gajos que votam eram incapazes de dar o melhor filme a um que não falasse inglês.

Se bem que, os óscares são um produto americano, feito por eles e para premiar os filmes deles, nós - humildes cidadãos do mundo não-americano - não levamos a mal as poucas nomeações extra continente americano (até porque nós também temos um festivalzito ou outro, com uns prémios bonitos - um leão, uma palma. um urso, uma concha - todos banhados a ouro, como o seu irmão mais velho o Óscar).

Dito isto, e vamos ser sinceros, toda a gente gosta (uns mais, outros menos) de um filmezinho americano de vez em quando. Assim, deixo aqui o desafio (lembram-se, aquele do inicio do post, já lá vão umas dezenas de linhas...) para comentarem este post em forma de critica vidente aos filmes que estão nomeados este ano e que são candidatos ao senhor Óscar. E também aos actores, e às actrizes e essa malta toda que faz os filmes terem sentido, e não sejam apenas um conjunto de planos desorganizados e sem interesse. Claro que convém VER OS FILMES ANTES DE SE PRONUNCIAREM SOBRE ELES.

Até breve Companheiras e Companheiros de blog.

p.s. - o Match Point está nomeado para o óscar de melhor argumento original. eheheh.

They call me Mr. Valentine

Pessoal em feito inédito El Sid regressa no mesmo dia para "postar" pela segunda vez! Só queria desejar a todos um óptimo dia de S. Valentim, para quem tá acompanhado e também para quem não está, deixem-se encher pelo Lóbe que se sente por aí e tenham um dia cupídico! Quem não souber o que fazer no dia de hoje há sempre um óptimo programa para seguir, após o jantar sente-se em frente ao sistema caseiro de cinema e deixe-se embarcar pela magia do romance entre um casal homossexual intrepretado por Leo Leo diCaprio e Billy "babyface" Zane a bordo de um mitico paquete de luxo, acompanhando assim as dificuldades deste casal perante uma heterossexual tresloucada (e ninfomaníaca quiçá) interpretada de forma estonteante por Kate "redondinha" Winslet! Um clássico de James "faço-o-que-me-apetece-seja-bom-ou-mau" Cameron que dá pelo título de "O Segredo de Brokeback Titanic - Como se afunda um navio e um filme"
Aqui o velho Sid já arranjou um convite duplo para ver a ante-estreia desse clássico wannabe de ficção cientifica que é o Aeon Flux um filme onde Charlize tem um dos seus maiores papeis dos ultimos tempos indiscutivelmente! Sim, sim convite, não sou como o resto de vocês que se limita a comprar bilhetes, já a minha mamã dizia: "Sidezito há-des ir longe, há-des há-des!!!"

Portem-se bem

El Sid

p.s. - Para quem não sabe onde encontrar o filme de Cameron que diga qualquer coisa que eu conheço uma pessoa que tem aí umas seis ou sete cópiazitas desse DVD!

Miedo, nucho miedo en Puerto

É verdade, em tempos que a bala perdida tem um futuro incerto pela frente, os seus membros continuam a fazer de tudo para se manterem ocupados até ao tutano do ossinho. Novo Objectivo - Ida ao Fantasporto "El Festibal del Miedo Fuerte". Não, não para mostrar reportório, mas sim para nos refastelarmos e apreciarmos o que de bom se tem feito por aí por parte de jovens hiper-activos como nós, como é o caso dos expressionistas "alemões"! Um grande cartaz aguarda qualquer fã incauto da 7ª arte por isso aconselho a quem puder ir para não se deixar levar pela inércia que rege a sua vida!

Segundo, temos uma nova visita que é a prima aqui do Sid! Quero-te dar as boas vindas e esclarecer (a todos que possam ter a mesma dúbeda) que ainda estamos à espera de alojar o site nessa grande feira de bens que é a EOL para poder ter lá os trailers, os filmes e o videoclip para o pessoal poder sacar! por isso há-que aguentar um pouquinho afim de ter toda a qualidade Bala Perdida no conforto dos vossos lares!

Em jeito de conclusão queria dizer a todos os nossos leitores assíduos que não se preocupem pois, apesar de se encontrar numa fase menos risonha e um pouco enublada, como mencionou o juanito, a Bala Perdida não deixará o barco afundar como o Cameron deixou afundar duplamente o dele! Até à próxima

P.s. - Um beijo para a Catarina! É família, para os outros um adeus! tchan nam

O Pico do Inverno

Numa altura em que a BALA PERDIDA atravessa uma fase crucial que é a definição de um caminho para avançar, eu e os restantes membros temos tido uma vida louca de reuniões atrás de reuniões.

O futuro mostra-se sombrio e o nevoeiro é denso. Sem grandes ambições aquando da sua criação, esta (outrora) modesta produtora, procura agora um lugar que trabalha (quase) diáriamente pra o conseguir. Apesar da nossa formação de arquitectos a paixão pelo vídeo e pelo mundo fantástico do cinema é, muitas vezes, mais forte. Tão forte que nos faz sonhar que um dia até podíamos viver de facto apenas disto. E isso move-nos cada vez mais na direcção de tentar encontrar um trilho que nos permita pegar nas catanas e desbastar caminho nessa selva que é - uma coisa que nem existe em Portugal - a indústria cinematográfica.

Como esse objectivo é utópico demais para este pequeno país de que (in)felizmente (?) temos o prazer de ser naturais, provavelmente teremos que procurar o sustento de outra forma. E até porque nós somos uns rapazolas polivalentes - sabemos fazer mais coisas além de desenhar casas e pegar numa máquina de filmar e carregar no "rec". Também sabemos fazer uns cartazes, umas páginas web, uns modelos 3d (não, não és só tú que sabes ó cigano - Tino), e até há daqueles que tocam instrumentos musicais. Ah! E parece que anda aí um ou outro que consegue levantar uns pesos. Ou seja, em último recurso até podíamos muito bem investir no rózé, montar-lhe um ginasiozinho na garagem, pô-lo a malhar ferro, tornar-mo-nos manager dele, e quem sabe, fazer dele o campeão olímpico de halterofilismo.

Portanto apesar do futuro estar tão sombrio que quase nem consigo ver o que estou a escrever no monitor, a perspectiva de sucesso é sempre uma coisa agradável de se imaginar. Ainda que esteja tão longe como o Romero está da perfeição.

Caros companheiros e companheiras de Blog,

Até breve!

p.s. - vá-lá rózé, não aguentas um picozito?

Pequeno Post It

Boas blog addicts, cá vem o Sid pôr um post pois, já faz algum tempo que ele não mete por cá os bracinhos! Podem-se perguntar então a que se deve tal honra. Será algum desastre natural? Um chamamento divino do tipo:"Sid tu és aquele que vai levar o meu povo até à Nova Meca do Cinema e todos irão idolatrar-me a mim, seu único Deus, George A. Romero!!!!!!"? Não, nada disso meus caros companheiros, encontro-me aqui também eu para prestar homenagem a um filme, mas acima de tudo a um realizador cujo nome não será dos mais usuais para os mais desatentos! Tsui Hark e o seu mais recente filme "Sete Espadas"! Será o filme assim tão bom a ponto de se distinguir dos seus demais "paesanos" numa época em que o cinema oriental é cada vez mais apreciado e reciclado pelas bandas de cá? Sim e talvez não ao mesmo tempo! O filme basicamente retrata uma época da china em que foi decretado, em forma de édito imperial, que toda e qualquer prática de artes marciais é proibida e exige a execução imediata de todos os seus praticantes! Tá claro que, entretanto, surgem os heróis (sete como indica o título) cada um com a sua espada (espadas, espadalhões e espadinhas para todos os gostos e feitios e cada uma com o seu nome deveras onirico) e acabam por dar muita pancadinha nos vilões da fita! O que o filme tem realmente de bom é tanto a recriação da época imperial chinesa, que está visualmente soberba ou seja o realizador soube onde gastar o dinheiro da produção e como o gastar, como o casting! Não houve a necessidade de recorrer a nomes tão internacionais como o de Chow Yun Fat, Zhang Ziyi ou Michelle yeoh! As caras mais conhecidas são as de Andy Lau (num papel muito bom) e de Donnie Yen (finalmente num papel à altura do seu nome, sendo este um dos melhores actores e artista marcial da actualidade e que acaba sempre relegado para papeis de apoio nunca dignos de si)! É um filme de artes marciais logo há que ter os melhores artistas marciais a bordo, sejam eles conhecidos ou não, e isso... isso é feito conseguido! Outra coisa em relação às últimas produções mais mainstream de Ang Lee e de Zhang Yimou é o uso da cor muito mais subtil, não se tornando num festival de cores mas num filme bastante mais sóbrio. Resultando assim numa fotografia excelente!
No que diz respeito às coisas más pode-se dizer que o filme é um pouco longo (2horas e 30min) demais mas não exageradamente e algumas cenas estão filmadas de uma forma um pouco confusa, embora isto se note que é o resultado de querer contar muita coisa tentando que o filme não fique mais longo por isso! Pode ser que no director's cut de 3horas e 30min :D a história venha um pouco mais fluida sem tantos saltos repentinos!
Agora porque é que este filme merece figurar neste blog? Simplesmente porque foi o regresso deste excelente realizador de filmes de artes marciais ao que se pode considerar "O" topo! Depois de nos ter habituado a filmes do calibre da trilogia de Wong Fei Hung, A better tomorrow e, time and tide, este senhor decidiu-se render ao cinema americano, tal como muitos dos seus compatriotas e entrou na fase negra da sua vida (2 van dammes, a sequela de Zu e a infeliz sequela de Black Mask) mas ao contrário do que se passou com o lendário realizador do Suprasumo dos filmes policiais, Hard Boiled, que ainda não conseguiu voltar a apanhar o rumo certo, Hark deu a volta e ficou por cima a rir-se de todos aqueles que um dia disseram que já não tinha mais cartas para jogar!
Desculpem-me realmente se me alonguei demasiado neste pequeno post, mas como eu estive sem "postar" durante tanto tempo não creio que me levem a mal, e se quiserem podem sempre passar à frente e não ler o post, é claro que se estão a ler estas palavras já não vos adianta de muito! Paciência o próximo será mais curto... ou não!
Um abraço para todos os que conseguiram chegar até esta linha

El Sid

p.s.: para aguçar o apetite cá ficam dois dos posters do filme e uma foto de uma das intervenientes, por sinal uma das mais giras ;)

Updated

Boas.

Já recomposto da ressaca do Match Point, há centenas de novidades para transmitir. Bem se calhar não são centenas, mas...... pronto..... serão algumas.

Com a corrente de festivais de cinema e video que por aí há, a BALA PERDIDA decidiu pegar em 3 produções de 2005 e enviá-las para o FEST (festival de cinema e vídeo jovem de espinho). Os envelopes já vão a caminho (ou pelo menos foi o que disse a mulher dos correios quando eu e o rózé lhe perguntamos se ainda arrancavam hoje), e o coração cavalga à bruta dentro da caixa toráxica enquanto não são conhecidos os resultados.

Entretanto no passado dia 4 de fevereiro (sexta feira) entregámos finalmente aos nora luca, o tão aguardado e verdadeiro primogénito da BALA PERDIDA - o videoclip da disappointment disco song (single de estreia da banda). Ao que parece, após as conversações e visualização do clip, mostraram-se bem contentes com o resultado final. E nós também. Até porque praticamente à meio ano que andavamos a trabalhar que nem uns loucos para que o video obdecesse a um padrão mínimo de qualidade.

Finalmente começam a aparecer novas ideias para filmes aqui na produtora. Além do estigma dos zombies - que nos persegue desde que fundámos a produtora - começam a desabrochar novas ideias no seio da BALA PERDIDA. Eu e o Mariachi, temos ideias novas para começar a por no papel, e o rózé já está a trabalhar nos zombies (ainda que apenas mentalmente, e nem tenho bem a certeza se ele próprio terá conhecimento). Além disso parece que há um actor de renome em Aveiro que decidiu mandar-se de cabeça, quer investir em nós e já tem um argumento para apresentar à direcção da produtora.

Aqui ficam frames das 3 produções que foram enviadas para o FEST:

darq_reboot - video experimental

silent night - curta-metragem de ficção

videoclip nora luca - videoclip

p.s. - Para a malta de coimbra: não esquecer que este mês os filmes "mais marcantes" (alguns sabe-se lá porquê...) de 2005 vão estar no tagv. Porém na eleição dos filmes - que consegue ser minimamente decente e diversificada e contém no seu programa grandes obras como Old Boy, Charlie and the Chocolate Factory e claro o filme do amigalhaço do Mariachi - alguém se enganou. Porque, se é que vi bem, aparecia lá o Land of the Dead do Romero (que tem no rózé um fiel amigo). Não sei se foi mesmo engano ou se foi o próprio rózé que mexeu os cordelinhos (ou devo dizer...... os bracinhos....ahahahah) e convenceu alguém da Fila K a incluir lá o (medíocre) filme.

Até Breve!